Mano Menezes não perdeu a fé de que verá Kaká vestindo amarelo em novembro. E repetidas vezes depois disso. O meia do Real Madrid, com um problema na panturrilha, virou dúvida para os amistosos contra o Gabão, no dia 10, e o Egito, no dia 14. Mas o comandante da Seleção Brasileira acredita que ele estará recuperado em tempo de jogar.
O treinador participou de evento na noite desta segunda-feira, em Porto Alegre. Antes da festa, chamada “Encontros do Esporte”, concedeu entrevista coletiva. E se mostrou otimista em relação a Kaká.
"Pela primeira vez, tivemos a oportunidade de convocá-lo. Ainda não temos a definição. Não está confirmada uma lesão mais grave. Temos um contato direto com todos os jogadores. Vamos esperar mais um pouco para poder contar com ele. Provavelmente vamos poder contar", isse o treinador.
Mano aposta em Kaká. E não apenas para os amistosos. Ele vê no jogador o perfil de uma figura capaz de fazer a união entre diferentes gerações na Seleção.
"O futebol me ensinou, e ensinou a muita gente, embora alguns esqueçam, que as seleções vencedoras são compostas de jogadores experientes, para passar nos momentos mais difíceis, aos que estão chegando, a famosa experiência. Vejo no Kaká um jogador para ser referência nisso. Ele passou um momento difícil depois da Copa. E agora volta a seu caminho, jogando em alto nível", afirmou Mano.
O treinador reforçou que pretende manter atletas experientes como presença constante na Seleção. Quer formar uma base no caminho até a Copa.
"Temos que manter esses jogadores próximos da Seleção, porque a sua participação ou não na Copa do Mundo vai depender de seu desempenho. Não podemos deixar tudo para o último momento. Temos que criar uma relação entre eles e a próxima geração, para que se sintam bem e possam ajudar".
Kaká e Ronaldinho juntos
Mano foi questionado sobre a possibilidade de escalar Kaká e Ronaldinho Gaúcho juntos. Ele disse que não vê problema, desde que haja um equilíbrio, com outros jogadores mais jovens no time.
Mano foi questionado sobre a possibilidade de escalar Kaká e Ronaldinho Gaúcho juntos. Ele disse que não vê problema, desde que haja um equilíbrio, com outros jogadores mais jovens no time.
"Não descartei absolutamente nada no início do trabalho. O que me interessa, nessa questão da idade dos jogadores, é que o futebol é um esporte coletivo. Não interessa a idade de um ou dois individualmente. É preciso respeitar, porque o futebol está muito forte coletivamente. É possível ter dois ou três jogadores de idade mais avançada, se equilibrar com jogadores mais jovens, com mais ímpeto. É nesse equilibro que acredito", opinou.
Defesa melhor do que o ataque
Na opinião de Mano, a Seleção está melhor defensivamente do que no setor ofensivo. Ele diz que os jogadores brasileiros de mais destaque no momento jogam atrás. Por isso, acha natural que tenha mais dificuldades na frente.
Na opinião de Mano, a Seleção está melhor defensivamente do que no setor ofensivo. Ele diz que os jogadores brasileiros de mais destaque no momento jogam atrás. Por isso, acha natural que tenha mais dificuldades na frente.
"Organizar defensivamente uma equipe é mais fácil. É uma questão de cumprimento de funções táticas, de posicionamento. Do meio para a frente, se exige mais, uma afinidade maior, uma possibilidade de repetição. Construir jogadas ofensivas, da maneira como se marca no futebol de hoje, é mais difícil. Não pode ser muito lento. A última parte exige mais. Temos um fato novo, de os maiores destaques brasileiros no futebol mundial serem defensores. Com isso, a última parte apresenta um pouco mais de dificuldade. Mas confio na qualidade que temos. Temos que ver algumas coisas diferentes. O mundo está jogando diferente. Vi um clássico brasileiro com muito espaço. Muito. E não é isso que estamos vendo fora. Precisamos de um entendimento diferente. Não estamos conseguindo mais resolver como resolvíamos antes, embora sigamos com qualidade individual". As informações são do GloboEsporte
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